domingo, 28 de março de 2010

Raridade Discos

Eis uma fotografia da primeira Raridade Discos. Não fosse a suposta necessidade de se construir um edifício no local, a loja estaria ainda lá e, sem dúvidas, seria histórica!

terça-feira, 23 de março de 2010

Cartão de visitias

Clésius, um garimpeiro nas trilhas das imagens

Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 05 de maio de 1989

No domingo, 30, quando soube, pela televisão, da morte do cineasta Sérgio Leone, em Roma, Clesius Marcus Real de Aquino, um paulista que há um mês transferiu-se de armas e bagagens para Curitiba, sentiu como "se perdesse um grande amigo, alguém muito próximo de mim". É que como milhares de outras pessoas, Clesius não só aprendeu a entender melhor as novas propostas dos Westerns a partir de "Por um Punhado de Dólares" (Per un Pugno di Dollari, 1964) - o filme marco do surgimento do chamado western-spaguetti, como foi, na emolduração sonora dos filmes de Leone, que conheceu um dos mais notáveis compositores da história do cinema, Ennio Morricone. E, no Brasil, a sua coleção de trilhas sonoras, que Ennio criou para o cinema - que passa de 200 títulos - só perde para a do santista Carlos Eduardo Rapacini, dono de uma loja de roupas, e cuja paixão pela obra do maestro-compositor italiano já mereceu várias reportagens em publicações nacionais.

Se perde para seu amigo Papacini - e o nome já é bastante expressivo - no que diz respeito a obra de Morricone, em termos de Henry Mancini (Cleveland, Ohio, 1924) a sua coleção é imbatível: possui nada menos que 170 elepês com obras do compositor americano, 140 dos quais de trilhas sonoras. Correspondendo-se com o premiado autor de "Moon River", Clesius conseguiu exclusividade - incluindo fitas com trilhas de filmes que não foram editadas em elepês nem nos Estados Unidos, ou versões completas, diversas das que foram aproveitadas nas sound tracks.

Certamente um dos cinco maiores colecionadores de trilhas sonoras no Brasil - e entre os primeiros "mancinianos" do mundo - Clesius vive agora em Curitiba, numa escolha que o fez deixar Santos, onde residiu por 17 anos. A opção foi "pela qualidade de vida que Curitiba oferece - ideal para educar meus quatro filhos - e ter maior tranqüilidade para ler e ouvir boa música", explica.

Dono de uma loja de aparelhos de som e discos em Santos, transferiu-se há 30 dias para Curitiba e adquiriu a "Raridade" (Rua Visconde do Rio Branco, 1830, fone 226-1046), que já vinha funcionando há algum tempo como um centro de venda de discos usados. Só que ao contrário dos proprietários anteriores, Clesius já fez em poucas semanas um excelente círculo de amigos entre os seus fregueses, graças a sua cultura e, especialmente, simpatia. Assim, espontaneamente, mais do que um endereço comercial, a Raridade se inclui como um ponto cultural, no encontro de pessoas que se entusiasmam pela música do cinema, teatro e literatura. O próprio Clesius, vindo de uma família de intelectuais, devorador de livros desde a infância, estuda a ampliação da loja para uma livraria de características originais.

O que mais o entusiasma, entretanto, é a música de cinema. Paulista de Araraquara, 44 anos, aprendeu a amar a usina de sonhos a partir de sua infância e desde os 14 anos coleciona discos com sound tracks. Memória privilegiada, capaz de identificar o autor de qualquer época da música do cinema, ampliando sempre uma bibliografia especializada, Clesius é antes de tudo, um pesquisador de sons e imagens, num trabalho que desenvolvendo autonomamente, o levou a ingressar no ramo de discos & som - e, ao decidir vir para Curitiba, oferecer a cidade um verdadeiro serviço cultural.

Mesmo com a era do vídeo e do laser, as preciosidades da música de cinema tem em Clesius de Aquino o grande conhecedor - fazendo de cada um de seus discos um ponto de informação a quem se interessa em saber de como o cinema, a partir de 1927 ("O Canto de Jazz", primeiro filme falado e cantado) evoluiu - e, paralelamente as imagens, trouxe todo um fantástico universo sonoro.


Original em: http://www.millarch.org/artigo/clesius-um-garimpeiro-nas-trilhas-das-imagens

terça-feira, 2 de março de 2010

segunda-feira, 1 de março de 2010

Inauguração

Confiram o show de Mordida na inauguração da Raridade!

Inauguração









Fotos do dia da inauguração
À distinta Raridade.

Para quem, porventura, não conhecer a Raridade, nos dispomos a comentar, neste espaço, acerca da sua história.
A Raridade Discos foi fundada na Rua Visconde do Rio Branco, 1830, na passagem da década de 80 para 90, quando ainda eram comercializados apenas discos.
Algum tempo depois, a Raridade Discos teve de abandonar seu ponto comercial, uma vez que o imóvel teria de ser derrubado para construção de um edifício.
Porém, se comparecerem no local, verificarão que o espaço não é nada mais do que um terreno abandonado.

Com a obrigação de deixar o antigo endereço, a Raridade Discos estabeleceu-se na Rua Comendador Araújo (na galeria), onde permaneceu por mais um longo período.

Por motivos de força maior, a Raridade novamente mudou de endereço: desta vez modificou o nome para "Bel Canto Discos", e ficou cerca de 1 mês localizada na Rua Brigadeiro Franco, de onde foi diretamente para a Galeria do Comércio, na Praça Osório, modificando a razão social para "Galeria do Disco".
Nesse mesmo período, uma das herdeiras da Raridade reabriu a Raridade Discos na mesma galeria, na praça Osório.
Foram muitos anos de comercialização na galeria do comércio, onde chegou-se a existir 7 lojas de comércio de discos, concomitantemente. Também na galeria foram realizadas feiras do colecionador, pocket shows etc.
Em 2008, sucumbindo depois de todas as outras lojas desse ramo na galeria, "Galeria do Disco" encerra suas atividades e decreta a não continuidade dessas atividades por tempo indeterminado.

Em 2010, no dia 27 de fevereiro de 2010, (re) inaugura-se nova Raridade, agora comercializando livros, lp's e cd's, na Rua Professor Fernando Moreira, 135.


Gostariamos de agradecer a todos que compareceram na inauguração e, àqueles que não puderam ainda nos prestigiar, não se sintam inibidos: venham conhecer!

Quem tiver mais fotos, vídeos etc do fatídico dia, mande para nós!
Nosso email de contato é raridadelivros@gmail.com.

Obrigado à todos pelo apoio!

Raridade.